Os crustáceos são animais invertebrados. O grupo é bastante numeroso e diversificado e inclui cerca de 50.000 espécies descritas. A maioria dos crustáceos são organismos marinhos, como as lagostas, camarões e as cracas e percebes, tatuís ou Emerita brasiliensis (que vivem enterrados nas areias das praias do Brasil), os siris e os caranguejos, mas também existem crustáceos de água doce, como a pulga da água (Daphnia) e o camarão do Rio São Francisco do estado da Bahia (Brasil) e mesmo crustáceos terrestres como o bicho-da-conta e o tatuzinho de jardim que habita as terras brasileiras.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossa abissais dos oceanos, até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.
Podem encontrar-se crustáceos em praticamente todos os ambientes do mundo, desde as fossa abissais dos oceanos, até glaciares e lagoas temporárias dos desertos.
Reprodução
A maioria dos crustáceos têm sexos separados, que se podem distinguir como apêndices especializados, normalmente no último segmento toráxico. Algumas espécies apresentam mesmo dimorfismo sexual, não só em termos do tamanho, mas também de outras características: no caranguejo de mangal, Scylla serrata, uma espécie abundante da região indo-pacífica, a fêmea é maior que o macho e têm o abdomen mais largo, podendo assim incubar os ovos com maior segurança.
Durante a cópula, o macho transfere para a fêmea uma cápsula com os espermatozóides, denominada espermatóforo, que ela abre na altura em que liberta os óvulos. Os ovos são muitas vezes incubados pela fêmea até o embrião estar totalmente formado. Nos casos com crescimento por metamorfoses, os ovos libertam larvas que são geralmente pelágicas, fazendo parte do zooplâncton.
Morfologia dos crustáceos
Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.
Na cabeça:
olhos geralmente compostos, como os dos insetos, mas colocados num pedúnculo, podendo mover-se;
antênulas ou 1as antenas (um par);
antenas ou 2as antenas (um par);
mandíbula ou 1a maxila (um par);
maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois pares);
No tórax:
maxilípedes ou “patas-maxilas” (0-3 pares);
pereiópodes ou “patas-de-locomoção” podendo apresentar o primeiro par de pereiópodes quelado usado para defesa (até 5 pares);
No abdómen:
pleiópodes ou “patas-nadadoras” (depende do número de segmentos) – muitas vezes com brânquias e outras adaptações para segurarem os ovos;
urópodes, que são o equivalente à cauda dos peixes, localizados no último segmento abdominal, podendo formar junto com o télson o leque caudal.
Estes apêndices são igualmente articulados e tipicamente birramosos e podem apresentar birreme (bifurcação nos apendices); as suas partes típicas são:
o protópode, a porção que articula com o corpo do animal;
o exópode, a porção seguinte, localizada do lado externo do corpo;
o endópode, uma parte paralela ao exópode, localizada do lado interno do corpo;
os epípodes e endites, que são apêndices adicionais do protópode, os primeiros localizados no corpo do protópode, os segundos na sua extremidade.
Para além das características gerais, é importante mencionar os principais apêndices de um crustáceo típico, localizados dos lados de cada segmento e cujo número e aspecto são usados para a sua identificação.
Na cabeça:
olhos geralmente compostos, como os dos insetos, mas colocados num pedúnculo, podendo mover-se;
antênulas ou 1as antenas (um par);
antenas ou 2as antenas (um par);
mandíbula ou 1a maxila (um par);
maxilas ou 2a e 3a maxila (um ou dois pares);
No tórax:
maxilípedes ou “patas-maxilas” (0-3 pares);
pereiópodes ou “patas-de-locomoção” podendo apresentar o primeiro par de pereiópodes quelado usado para defesa (até 5 pares);
No abdómen:
pleiópodes ou “patas-nadadoras” (depende do número de segmentos) – muitas vezes com brânquias e outras adaptações para segurarem os ovos;
urópodes, que são o equivalente à cauda dos peixes, localizados no último segmento abdominal, podendo formar junto com o télson o leque caudal.
Estes apêndices são igualmente articulados e tipicamente birramosos e podem apresentar birreme (bifurcação nos apendices); as suas partes típicas são:
o protópode, a porção que articula com o corpo do animal;
o exópode, a porção seguinte, localizada do lado externo do corpo;
o endópode, uma parte paralela ao exópode, localizada do lado interno do corpo;
os epípodes e endites, que são apêndices adicionais do protópode, os primeiros localizados no corpo do protópode, os segundos na sua extremidade.
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